quarta-feira, 2 de março de 2011

Dadá Maravilha em Aposta do coelho e O dia que ele foi lá em casa

É, ele já vestiu a camisa do meu time

 Só o Dadá Maravilha mesmo. O ex-jogador e torcedor doente do Atlético- MG, um dos mais folclóricos da história do futebol e hoje comentarista da TV Alterosa, em Belo Horizonte, apareceu no treino do América Mineiro vestido de coelho na segunda-feira.

O ex-artilheiro disse que se o Atlético fosse derrotado pelo América no domingo ele se vestiria de coelho, que é o mascote do time adversário. Aconteceu, Atlético perdeu (2 a 1) e Dadá se... vestiu de coelho.

Segundo informações do blog Bola de Meia, antes de seguir ao centro de treinamento do América, o torcedor do galo teve que passear pelo centro de Belo Horizonte vestido com a fantasia de coelho.

Dadá é uma figuraça mesmo, que pude conhecer de perto, na minha casa. Mas antes de contar esse episódio, mostra as imagens, Bolinha!?




O dia que Dadá Maravilha foi lá em casa
Em 1998, quando eu estava terminando o primeiro ano de faculdade, meu pai chegou no meio da tarde no campus para avisar que tinha encontrado com o Dadá no Couto Pereira, onde o ex-jogador fazia uma visita. Ele soube em um programa de esportes da televisão, acho, que Dadá estava em Curitiba. Quando crianças, foram colegas de peladas nos intervalos das aulas no colégio XV de Novembro (hoje uma escola técnica estadual), onde estudavam, no bairro de Quintino, no Rio de Janeiro (o mesmo onde morava Zico, por isso o apelido Galinho de Quintino - aliás o colégio é bem pertinho da casa que ele morava). Dadá era de turma um ano ou dois mais adiantada que a de meu pai.

Bem, eles combinaram que o Dadá iria comer pizza na nossa casa. Quando deu o horário combinado fomos eu e meu pai até o hotel onde ele estava hospedado, na Sete de Setembro, perto do Shopping Estação, buscar o Grande. O mais legal é que ele tinha um jantar marcado mas cancelou a ida porque estava contundido. Não lembro bem, mas acho que ele ensaiou uns lances no Couto horas antes e machucou a virilha. Menos, Dadá, já era rsrsrs. E, por isso, aceitou o convite de jantar conosco. Que orgulho. E nessas horas o povo nem pra sairem dos apartamentos para ver o Dadá desfilando com a gente pelo prédio. Nem ficaram sabendo.


Dedicatória de Dadá Maravilha.
Quando chegamos em casa, fui até a vizinha de baixo: - Oi, tudo bem? Você tem saco de água quente? É para o Dadá...

Antes que eu pudesse complementar: ... Maravilha, ele tá lá em casa... Ela saiu imediatamente para buscar. Poxa, nem pra perguntar quem é que estava doente. Mas tudo bem, acho que ela nem sabe "o que é" Dadá Maravilha.

Voltei. Ele já tinha tirado a calça de moletom e estava de shortinho de jogador de futebol dos anos 80. Passou a noite com o saco de água quente na virilha, comendo pizza feita especialmente pela minha mãe e contando seus causos. O momento sublime da noite foi quando fiz a primeira entrevista da minha vida. Saquei o gravadorzinho e super sem jeito e sem experiência começamos a conversa na mesa de jantar, com pais, irmãos e cunhado na platéia, no sofá.

Papo vai, papo vem, Dadá contou histórias pincipalmente da Copa de 70 (bastidores "quentes" da seleção nas concetrações), Atlético Mineiro e vários causos que deveriam ser contados em livro. Não sei se foi real ou se foi só para agradar, mas a verdade é que ele elogiou minhas perguntas (sem ensaio, nem pesquisa prévia) e escreveu uma bela dedicatória:

"Para a linda, simpática, inteligente e encantadora amiga Carolina Nery um abraço ternurinha do tricampeão mundial Dadá Maravilha. Dario. Curitiba/PR. 23/05/98."

Dadá fez o trajeto de volta dormindo no banco da frente do carro. Eu e meu pai nos despedimos rapidamente, no meio do sonho dele, e fomos embora. Acho que ele nem sabe como chegou no hotel. Talvez tenha pensado, ao acordar, que tudo não passou de um sonho.

Um tempo depois a entrevista foi capa do falecido jornal Folha do Novo Mundo, onde tive as primeiras experiências como repórter. Olha que orgulho a visita de Dadá ao bairro. Foi publicada em formato pingue-pongue com foto dele no hall do prédio. Ai, ai, sensacional, como diria o amigo Deda.

Foi muito legal ouvir o Dadá. Mais uma das minhas histórias com jogadores que marcaram a história do Brasil nos gramados (não esperem revelações bombásticas hahah, nunca fiz a boleira). Quem sabe outra hora eu conte.

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